sábado, 17 de dezembro de 2011

Janeiro - Férias

Chega Janeiro e a pergunta: O que fazer com as crianças?

Temos uma excelente sugestão.  Crie um mundo diferente para seu filho e seus amiguinhos. Venha até o Ateliê de Sonhos, escolha as fantasias e "tente, invente" teatro representando histórias criadas por elas, personagens vivenciados conforme a imaginação de cada um, etc. Podem ter certeza que irão se surpreender com a criatividade das crianças.

E para divertir toda a família, programem um grande Festa a Fantasia com todas as idades. 
Veja abaixo, um pouco das várias opções que temos para lhe oferecer:
Para os pequeninos:












Para os não tão pequeninos...










Clique aqui, relembre antigas e aprenda novas brincadeiras: http://mapadobrincar.folha.com.br/


Faça comidinhas e enfeite a mesa com dobraduras.


Aprenda e ensine a galerinha fazer dobraduras de papel http://baudasdobraduras.blogspot.com/


Organize um Pic Nic. As crianças vão adorar. 


Dê um presente para os seus filhos nestas férias:
 A Sua Presença. 

E, daqui a alguns anos, quem sabe,  eles recordarão com saudades....

 A Casa da Infância

Marilena Soneghet

            Como é bom recordar a casa de nossa infância!
         Saudosismo?... E daí? ... Quem se arroga o direito de nos proibir saudades? “Proíbam muito mais, preguem avisos, tranquem portas, ponham guizos”, a saudade indagará – e daí, e daí?

         A casa da nossa infância está impregnada na gente, gente! Conhecemos-lhe cada recanto, cada lasquinha de móvel, cada frestinha de assoalho, cada lagartixa intrometida, cada rangido, cada cheiro... E o aconchego, o amor palpável no ar, do qual até os fantasmas fazem parte. Ela nos acompanha vida afora, sim, é o fantasma protetor, o útero cálido, o colo macio. A memória vai apagando sombras, enxugando lágrimas, minimizando arestas – o resto, a gente idealiza.
         Nesse limbo de névoas claras, berço que embala, até o travesseiro de “penas” nos é grato. Podemos sonhar!

         Enquanto somos jovens, afobados em correr atrás do vestibular, do primeiro emprego, do grande amor sonhado, das conquistas - crescimento, casamento, carreira, estabilidade, filhos... O velho lar fica quentinho, lá num canto do coração. Estará à mão quando dele precisarmos. Tal as antigas “bás” - a saudosa “mãe preta” que nos deu seu leite, seu abraço acolhedor, seu colo farto, suas canções de ninar.

         Criamos os filhos, alcançamos metas, exibimos vitórias, adestramos os ímpetos juvenis, amadurecemos. Tornamos-nos mais doces (não faltarão bicadas de passarinhos). Mas, sabemos que, como fruta madura, em algum momento cairemos do galho. Talvez já esqueçamos os óculos no alto da testa, as chaves do carro no banheiro (foi à pressa...), ou nos fuja o nome da vizinha (? - ai que chato!)... Mas, a casa da infância, está lá, inteirinha, na memória do coração - não falha - e reconfortante como o belo salmo que nos promete a relva mais fresca e as águas mais puras.

         Da “casa da infância” fazem parte - além dos pais, irmãos maiores, irmãozinho nascendo, agregados -, gato, cachorro, papagaio, pé de manga, buraco na cerca, goteira pingando, bicicleta sem freio, boneca sem perna, livro de histórias, sapato novo – e o lado de lá: a rua, os vizinhos, o bonde, a parteira que dava injeção, as bizarras figuras populares, a pracinha... Pique, bola de gude, pipa, correria, suor em bicas, beijo frio, cocada, joelho ralado, tristezinha jururu.

         A “casa da infância” é grande como uma jaca. Cheia de gomos dulcíssimos ao paladar. Se o coração pedir, é só sentar-se no degrau da escada que dá pro quintal e ir-los degustando (gostou do ir-los?... quase tão bom como fi-lo porque qui-lo, né?) e lambendo os dedos.

         “Na minha casa tinha uma árvore/ e um galho que alcançava o mundo / eu saltava como um gato sobre o muro/ e me aninhava no galho/ como um passarinho” (do meu livro Nas Asas do Vento).

         Toda “casa da infância” tem suas extensões: a casa da vovó, a escola, o sítio de passar férias, o domingo na praia, o piquenique, o medo do porão, os sinos da igrejinha, o vestido de anjo, a procissão, um circo inesperado, o estupendo parque de diversões (mesmo com um só carrossel), o esconderijo dos presentes de natal...

         Por que uma colcha de retalhos é sempre tão aconchegante, macia e morninha? Sabe, quando a gente está triste, quando a saudade começa a garoar fininha, quando algum medinho se insinua inquietando a alma, e faz frio frio frio... Não tem receita melhor: entre na sua “casa da infância”, pegue a colcha de retalhos, cubra-se com ela, todo enroladinho...

         Vai ver que vai passar!

         “Na minha casa tinha uma árvore onde,/ em qualquer tempo,/ eu alcançava o céu” (M. Soneghet)



3 comentários:

  1. Respostas
    1. Esse texto foi feito pra quem tem sensibilidade e gosta de brincar, sonhar, curtir com carinho os filhos e as pessoas que amam. Infelizmente não foi feito pra você, pois não soube apreciar a beleza e a mensagem contida nesse texto. Que pena!!!!!

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